Mudanças na Avaliação do Governo Lula
A pesquisa realizada pela Genial/Quaest revelou que a avaliação do governo do presidente Lula sofreu uma interrupção em seu crescimento desde maio. Neste mês, a desaprovação do presidente alcançou 50%, apresentando um aumento de 1 ponto percentual, enquanto a aprovação caiu para 47%. No mês passado, a diferença entre desaprovação e aprovação era de apenas 1 ponto, mas agora subiu para 3 pontos.
A desaceleração na avaliação do governo está fortemente ligada à megaoperação policial que ocorreu no dia 28 de outubro no Rio de Janeiro, que trouxe à tona a discussão sobre a segurança pública no país. Segundo a pesquisa, 67% dos entrevistados apoiam a operação, um número ligeiramente superior aos 64% registrados em uma pesquisa anterior realizada pela Quaest no estado, logo após a operação. Além disso, 67% dos participantes acreditam que a força utilizada durante a ação policial não foi exagerada, em contraste com 29% que têm uma opinião diferente.
Violência e Preocupações da População
O aumento da violência se consolidou como a principal preocupação dos brasileiros, segundo os dados coletados. A pesquisa mostrou que, entre outubro e novembro, a preocupação com a segurança subiu de 30% para 38%. A economia, por sua vez, continua em segundo lugar, com 15% dos entrevistados indicando ser essa a sua maior inquietação.
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Os resultados também se mostram em desacordo com as recentes declarações do presidente Lula, onde 81% dos entrevistados não concordam que os traficantes possam ser considerados “vítimas dos usuários”. Esse descontentamento é perceptível em diversas camadas da população, como 66% entre aqueles que se identificam como lulistas. Na esquerda não-lulista, essa discordância atinge 78%, e entre os independentes, 81%. O levantamento ainda indicou que 51% dos participantes acreditam que a opinião do presidente reflete uma posição real, enquanto 39% alegam que se trata de um mal-entendido.
Opiniões Sobre Medidas de Segurança
O apoio à consideração das organizações criminosas como terroristas é alta, atingindo 73% entre os entrevistados. A pesquisa também revelou que medidas de endurecimento da lei são bem recebidas, com 88% a favor de um aumento nas penas para homicídios cometidos por ordens de organizações criminosas. Além disso, 65% apoiam a retirada do direito de visita íntima a membros de facções nas prisões, e 60% aprovam a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Segurança.
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Por outro lado, a facilitação na compra e no acesso a armas de fogo é rejeitada por 70% dos entrevistados. Quando questionados sobre as principais medidas para conter a violência, 46% apontaram para a necessidade de leis mais rigorosas e penas mais severas, além de uma Justiça que não libere criminosos. Esses pontos de vista têm respaldo de 39% dos apoiadores de Lula, 31% dos que se identificam como esquerda não-lulista, 41% dos independentes, 53% dos cidadãos de direita não bolsonaristas e 58% dos bolsonaristas.
A pesquisa foi conduzida entre os dias 6 e 9 de novembro, envolvendo 2.004 entrevistas presenciais com brasileiros com 16 anos ou mais. A margem de erro é estimada em 2 pontos percentuais.
