A Defensoria Pública da União (DPU) emitiu um alerta importante para a população sobre os crescentes casos de fraudes financeiras que utilizam seu nome e imagem. A instituição recomenda que todos desconfiem de contatos telefônicos ou mensagens que tenham como objetivo obter dados bancários ou solicitar pagamentos relacionados a processos judiciais. A DPU já registrou 24 tentativas de golpe desde o início de 2023, sendo a maioria desses casos concentrada nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, com um destaque para o Rio Grande do Sul, onde ocorreram oito episódios de fraude.
Esses crimes são perpetrados através de mensagens enviadas pelo aplicativo WhatsApp, direcionadas a assistidos que possuem ou já tiveram ações judiciais em andamento com a Defensoria. Os golpistas costumam afirmar que as vítimas têm valores a receber e que, para liberar esses montantes, é necessário resolver pendências financeiras fictícias. As mensagens frequentemente incluem justificativas como pagamento de tributos, taxas de cartório e honorários advocatícios, criando uma falsa urgência para que as pessoas se sintam pressionadas a realizar pagamentos.
Embora não haja um número exato de assistidos contatados pelos fraudadores, todos os relatos de tentativas de golpe foram documentados pela DPU. A documentação inclui evidências como capturas de tela e gravações de chamadas, que foram enviadas às autoridades policiais para investigação. Um caso específico destaca-se: um assistido do Rio Grande do Sul sofreu prejuízos financeiros em decorrência de uma dessas fraudes. Por outro lado, muitos assistidos que perceberam a tentativa de golpe procuraram a DPU para obter esclarecimentos, o que os ajudou a evitar perdas financeiras.
Recentemente, em junho, a DPU registrou novos casos de fraude, desta vez no Espírito Santo, onde golpistas usaram o nome e a imagem do defensor público federal Ricardo Figueiredo Giori. Os criminosos manipularam uma imagem dele retirada de um vídeo institucional da Escola Nacional DPU, enviando informações enganosas que sugeriam a necessidade de pagamento prévio para a liberação de valores judiciais.
Outro incidente ocorreu em maio em Pelotas, no Rio Grande do Sul, onde pelo menos seis assistidos foram abordados por indivíduos que se passavam pelos defensores Alexandro Melo Corrêa e Junior Leite Amaral. Esses estelionatários enviaram mensagens com informações falsas sobre processos judiciais, utilizando fotos reais para aumentar a credibilidade da abordagem. Em Londrina, no Paraná, três pessoas também foram contatadas por golpistas que se apresentavam como o defensor público federal Marcelo Bianchini, solicitando pagamentos para a liberação de verbas.
Além disso, na Baixada Fluminense, o nome do defensor público federal Eduardo Erthal Kassuga foi utilizado em um golpe em fevereiro de 2025, onde duas assistidas foram abordadas com um falso documento que continha a logomarca do Tribunal de Justiça, exigindo o pagamento de “custos cartorários”. Ambas as assistidas, ao perceberem a fraude, buscaram auxílio da DPU e conseguiram evitar prejuízos.
A DPU reitera que todos os seus serviços são completamente gratuitos, e que as pessoas assistidas pela instituição não têm a obrigação de realizar qualquer pagamento em nenhuma fase do processo. A Defensoria também aconselha que indivíduos que possam ter valores a receber em processos judiciais, independente de serem assistidos ou não, mantenham uma postura crítica e desconfiada em relação a contatos que solicitem dados bancários ou pagamentos.
É fundamental que as pessoas nunca efetuem pagamentos por meio de boletos, transferências via PIX, depósitos ou cartões de crédito como condição para receber precatórios. A liberação de valores judiciais deve ser realizada exclusivamente em instituições bancárias credenciadas, mediante alvará judicial, e pode ser feita pessoalmente pelo beneficiário ou por um advogado com procuração.
Fiquem atentos e compartilhem essa informação para ajudar a prevenir golpes e fraudes. A proteção dos seus dados e a segurança financeira são prioridades que todos devemos levar a sério.