Uma Reflexão sobre a Valorização Cultural
“Estou muito feliz, eu que sempre lutei pela música do Norte, com corpo, alma e coração. Estou sonhando acordada vendo tudo isso acontecer, essa valorização, porque foi bem difícil no início. A gente conquistou muita coisa, abriu portas e a galera, agora, está vindo com segurança”, declarou Joelma, enquanto se apresentava no palco The One. O evento reúne artistas de diferentes gerações da região, celebrando a rica cultura paraense.
Quando questionada sobre um possível convite para a próxima edição do Rock in Rio, marcada para setembro de 2026, a cantora de 51 anos não hesitou. “Se me chamar eu vou. A gente está em um momento de celebração, quatro gerações se encontrando. Todas nós cantando o nosso estado, a nossa cultura, mas uma completamente diferente da outra. Aí a gente olha e diz ‘que riqueza a gente tem na nossa música paraense'”, afirmou, demonstrando entusiasmo com a possibilidade.
Além disso, Joelma já tem um compromisso agendado: no dia 17 de setembro, ela se apresentará no festival “Amazônia Para Sempre”, que celebra a realização da COP 30 em Belém. Sobre dividir o palco com a icônica Mariah Carey, a artista não escondeu a felicidade. “Muito feliz, né? Um sonho realizado. Poder estar no mesmo palco que Mariah, uma artista internacional, com muitos anos de carreira. Para mim, ela é a maior intérprete do nosso planeta, não tem outra”, disse Joelma, visivelmente emocionada.
Três Décadas de Música e Superação
Em 2025, Joelma completará 30 anos de carreira, um marco significativo desde que iniciou sua trajetória à frente da banda Calypso. Ao refletir sobre seus planos futuros, a cantora compartilha sua perspectiva: “Eu nunca almejei nada. Graças a Deus, eu vou colando a minha vida nas mãos de Deus e Ele vai me encaminhando. Eu não faço projetos. As coisas vão acontecendo e eu fico só assistindo e agradecendo. Acho que a gratidão é tudo”. Essas palavras ilustram a humildade e a determinação que marcaram sua carreira.
Além de comemorar suas conquistas, Joelma também fez uma autoavaliação sobre os desafios enfrentados ao longo de sua trajetória. “Costumo dizer que, às vezes, o melhor lugar se chama fundo do poço. Toda vez que tu vai no fundo do poço, você surge de lá mais forte. Então não tenha medo do fundo do poço, só agradece”, aconselhou, ressaltando a importância de aprender e crescer com as dificuldades.
Assim, a artista não apenas celebra seu sucesso, mas também inspira outros artistas a perseverar em suas jornadas. A valorização da música paraense, que agora é reconhecida em grandes palcos, é um reflexo do esforço coletivo de muitos artistas que, como Joelma, dedicaram suas vidas para dar voz à sua cultura. O futuro parece promissor e a cantora mantém a esperança de que mais oportunidades virão, tanto para ela quanto para seus colegas.