Avanços na Investigação do Caso Aurora Maria
O delegado Vinicius Almeida, que está à frente da investigação sobre o caso da pequena Aurora Maria em Cruzeiro do Sul, revelou ao portal A GAZETA que o inquérito deve ser enviado ao Poder Judiciário ainda nesta quinta-feira, dia 7. De acordo com as autoridades, a bebê sofreu lesões graves durante um banho na Maternidade do Hospital da Mulher e da Criança do Juruá no dia 22 de junho.
A pequena Aurora chegou ao aeroporto de Cruzeiro do Sul na quarta-feira, dia 6, acompanhada da família após passar mais de um mês em tratamento no Centro de Tratamento de Queimaduras (CTQ) do Hospital João XXIII em Belo Horizonte. Durante sua internação, a criança enfrentou uma situação crítica, chegando a ficar 39 minutos sem batimentos cardíacos. Felizmente, desde então, a bebê tem demonstrado melhorias notáveis.
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Conforme o delegado Almeida, as investigações indicam que a profissional envolvida, responsável pelo banho da recém-nascida, deve ser indiciada por lesão corporal grave, cometida sob dolo eventual — quando se assume o risco de causar dano. A pena para esse crime pode variar de um a cinco anos de prisão, com possibilidade de aumento.
“Estamos esperando que o pai da criança a traga ainda pela manhã para que seja realizado um exame de corpo de delito complementar”, informou o delegado. O teste é crucial, pois determinará se houve deformidade permanente, o que poderia alterar o enquadramento penal. “Se for confirmada a deformidade, a pena pode elevar-se para dois a oito anos”, detalhou.
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Exames Genéticos e Descartes de Doenças Raras
Recentemente, um exame genético realizado na bebê Aurora Maria descartou a possibilidade de epidermólise bolhosa, uma doença rara que havia sido considerada como uma possível explicação para as lesões que ela sofreu. O resultado foi divulgado pela família na quarta-feira, 6, e destacou que as erupções bolhosas começaram no primeiro dia de vida de Aurora, iniciando pela perna direita e, em seguida, afetando a esquerda. As lesões se espalharam pelos pés, dedos e tornozelos, com uma evolução preocupante.
A situação de Aurora tem gerado grande repercussão e mobilizado a comunidade local, que aguarda ansiosamente por justiça enquanto a investigação se desenrola. O caso exemplifica os desafios enfrentados por famílias de crianças que sofrem lesões em hospitais e a necessidade de responsabilidade por parte dos profissionais de saúde. À medida que o inquérito avança, todos os olhos estão voltados para o desfecho desse triste episódio, que não apenas impactou a vida de uma família, mas também levanta questões sobre a segurança de pacientes vulneráveis nos ambientes hospitalares.