Grupo Jabuti Bumbá Representa a Cultura Acreana
Com muita emoção e expectativa, o Acre marca sua presença no Festival do Folclore de Olímpia (FEFOL), que acontece de 2 a 10 de agosto em São Paulo. O Grupo de Cultura Popular Jabuti Bumbá, conhecido por sua rica representação da identidade acreana, fará sua estreia na 61ª edição deste tradicional festival, simbolizando um passo significativo na valorização da cultura amazônica.
Fundado em 17 de novembro de 2005 pela reconhecida família Farias, o Jabuti Bumbá nasceu com a intenção de criar um espaço que destacasse as particularidades culturais do Acre. Em 2025, o grupo celebra duas décadas de trajetória marcada pela resistência e pela promoção da arte.
“Nossa missão é resgatar e promover a cultura acreana, ao mesmo tempo em que fazemos um trabalho de conscientização ambiental. Utilizamos músicas autorais, danças e encenações que ressaltam os saberes e mitos da floresta”, afirma Byanca Nascimento, integrante desde a fundação do grupo.
O Simbolismo do Jabuti na Cultura Popular
Inspirado no tradicional bumba-meu-boi, o grupo transforma a narrativa ao substituir o boi pelo jabuti. Segundo Byanca, “O jabuti simboliza a força, a sabedoria e a resistência da natureza. Em nossas histórias, o boi representa a devastação, enquanto o jabuti é aquele que resiste. Ele avança lentamente, mas com firmeza, superando os desafios com bravura, assim como nossa cultura.”
O Jabuti Bumbá não traz apenas dança e música ao palco, mas também apresenta um boneco cênico que encarna o personagem central das suas histórias. O grupo encanta o público com lendas como as de Matinta Pereira e Mapinguari, além de homenagear ícones como Chico Mendes, o mestre Irineu e os padres José e Peregrino.
Compromisso com a Cultura e o Meio Ambiente
Além das apresentações, o Jabuti Bumbá terá um papel ativo em oficinas, palestras e vivências culturais, interagindo com dezenas de grupos de diversas partes do Brasil. A participação do grupo neste ano é viabilizada por meio de patrocinadores e apoiadores que reconheceram a importância de dar visibilidade à cultura amazônica dentro do evento.
Com 22 integrantes comprometidos, a missão do grupo é preservar as tradições culturais da região e participar da conscientização ambiental por meio da arte. Byanca compartilha: “Nos últimos cinco anos, recebemos convites para participar do Festival do Folclore de Olímpia, um dos maiores do Brasil. Agora, finalmente, em 2025, o Acre estará neste grande palco nacional do folclore, levando a força do nosso povo e a beleza da floresta.”