Iniciativa Quebrando Barreiras
Nesta segunda-feira, 14, o prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, sancionou a Lei Municipal nº 2.577, que institui o Programa Municipal de Atenção e Orientação às Mães Atípicas. A proposta, elaborada pelo vereador Felipe Tchê, visa assegurar apoio a mães, pais e cuidadores de crianças com necessidades especiais. A representante do Instituto Águia Azul, Sara Souza, mãe atípica, expressou sua gratidão afirmando: “Nunca ninguém olhou para nós”. Essa declaração reflete a importância e a urgência da nova legislação.
Felipe Tchê, o autor da lei, ressaltou que a iniciativa emergiu de amplas discussões. “Conversamos muito com mães e cuidadores atípicos, pois é vital que se reconheça a importância de quem cuida. O nosso objetivo é exatamente esse: amparar quem está sempre por trás dos cuidados”, afirmou o vereador.
Reconhecimento das Desigualdades
O programa almeja fornecer suporte psicológico, jurídico e assistencial para as mães atípicas, reconhecendo os desafios diários que elas enfrentam. O projeto abrange mães que cuidam de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), síndrome de Down, dislexia e doenças raras, dentre outras condições que demandam atenção constante.
Sara Souza destacou a relevância do reconhecimento político neste contexto. “Saber que o governo está prestando atenção em nós é muito gratificante. Mesmo sendo apenas o início de uma jornada, já é um passo significativo”, afirmou.
Objetivos que Transformam Vidas
Os principais objetivos do novo programa incluem:
- Prover atendimento psicológico e terapêutico;
- Facilitar o acesso das mães aos serviços de saúde, educação e assistência social;
- Criar centros de referência para atendimento especializado;
- Desenvolver campanhas de conscientização;
- Promover a inclusão social e a empregabilidade das mães atípicas através de capacitação profissional;
- Estabelecer um cadastro municipal para as beneficiárias;
- Formar parcerias com instituições públicas e privadas para expandir a rede de apoio.
A nova política pública também prioriza o fortalecimento da colaboração com a Rede de Atenção Primária à Saúde e com o Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Além disso, a criação de espaços de escuta e acolhimento é fundamental, assim como a capacitação contínua de profissionais nas áreas de saúde e assistência social. A lei prevê ainda a formação de uma comissão responsável por acompanhar e fiscalizar a implementação do programa, garantindo que os objetivos sejam efetivamente cumpridos.