Deputado Fala Sobre a Mudança de Partido de Mara Rocha
A filiação de Mara Rocha ao Partido Novo, celebrada com entusiasmo no final do ano passado, não se concretizou como esperado. Após um período de negociações, a ex-deputada federal anunciou sua adesão ao Republicanos, liderado pelo deputado federal Roberto Duarte, o que deixou o Novo em uma posição menos competitiva para a busca por uma pré-candidatura ao Senado.
Em entrevista nos corredores da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), Emerson Jarude, deputado estadual e uma das figuras centrais no Novo, foi indagado sobre mágoas em decorrência da escolha de Mara. Ele respondeu com leveza, afirmando que compreende a decisão dela, que segundo a ex-deputada, foi motivada por questões de estrutura partidária. “Acredito que a escolha do partido é individual de cada pessoa”, destacou Jarude.
O Republicanos, que emergiu como uma das principais forças políticas do Brasil nas últimas eleições, é agora a segunda maior agremiação no Acre em termos de representantes eleitos, ficando atrás apenas do Progressistas (PP), partido do governador Gladson Cameli.
Jarude prosseguiu: “O Novo busca, de fato, ser protagonista nas próximas eleições. Estendemos o tapete para que a Mara pudesse se filiar e, até então, tínhamos a palavra dela de que isso iria acontecer. No entanto, ela fez a opção pelo Republicanos, e eu acredito que, nesse momento, a gente tem que ser democrata e entender a escolha dela”.
Apesar da mudança, Mara Rocha revelou em uma conversa anterior que ainda deseja compartilhar palanques com Jarude nas eleições do próximo ano, sugerindo uma possível troca de apoio entre eles no futuro. Jarude respondeu ao convite com abertura: “Tudo pode ser conversado. O Novo tem uma definição muito clara do que pretende para o futuro. Então, nós vamos conversar. As portas sempre estarão abertas”.
No entanto, a concretização dessa parceria está condicionada à busca do Novo por um substituto que esteja à altura de Mara Rocha. Jarude enfatizou que a desistência da ex-deputada de se filiar ao partido não atrapalhou os planos da legenda de buscar uma candidatura própria ao Senado. “Ainda há possibilidade de concorrermos”, afirmou.
Sobre as perspectivas do Novo para o Senado, Jarude mencionou que, com base nas últimas pesquisas, o partido acredita ter condições favoráveis para lançar uma candidatura. “Isso está, sim, na mesa de discussão, mas só será decidido mais para frente”, acrescentou.
Quando questionado sobre nomes que estão sendo considerados pelo partido, Jarude foi enigmático: “Em breve, vocês vão ter conhecimento. Por enquanto, não posso adiantar nada, mas conversas estão sendo feitas”.