Decisão Judicial e Contexto do Crime
Diego Luiz Gois Passo, acusado de atropelar e causar a morte da assessora jurídica Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, teve seu pedido de prisão domiciliar negado pela justiça na última sexta-feira (11). O incidente ocorreu após uma confusão no bar Dibuteco, localizado em Rio Branco.
A tragédia se deu na madrugada do dia 21 de junho, quando Juliana foi atingida por uma caminhonete enquanto estava na saída do estabelecimento. A polícia foi acionada inicialmente devido a disparos feitos em via pública, que teriam sido disparados por Keldheky Maia, advogado e amigo da vítima. Ele foi detido, mas liberado após audiência de custódia. Infelizmente, Juliana faleceu algumas horas depois, no Pronto-Socorro de Rio Branco.
Diego Luiz Gois Passo teve a prisão temporária decretada no dia seguinte ao acidente, mas até esta sexta-feira (30), não havia se apresentado à polícia nem sido localizado pelas autoridades. A informação de que o suspeito continua foragido foi um dos fatores que levaram o juiz Alesson Braz a indeferir o pedido de sua defesa. ‘Se ele realmente quisesse colaborar com a justiça, já teria se apresentado’, enfatizou o magistrado em sua decisão.
A situação é preocupante, pois a cada dia que passa sem a prisão de Diego, aumenta a necessidade de uma prisão preventiva para garantir que a lei seja cumprida, segundo o juiz. Em contato com a reportagem, o g1 buscou informações tanto com o advogado de Diego, Felipe Munoz, quanto com o delegado Cristiano Bastos, responsável pela investigação, mas não obteve retorno imediato.
Em um caso que tem gerado muita repercussão, um vídeo que mostra o momento do atropelamento foi amplamente compartilhado, evidenciando a gravidade da situação.
Reação da justiça e Defensoria de Diego
O pedido de prisão domiciliar, feito pela defesa de Diego, argumentava que ele tem um filho de 12 anos que depende dos cuidados dele. Contudo, o juiz Alesson Braz deixou claro que não havia evidências suficientes para comprovar que Diego fosse o único responsável pelos cuidados da criança, o que impossibilitou a mudança da prisão temporária para domiciliar.
Além disso, o magistrado destacou que o crime foi agravado pelo fato de Diego ter deixado o local sem prestar socorro à vítima, o que acentua o receio de perigo e justifica a sua detenção cautelar. A decisão leva em conta a necessidade de proteção à ordem pública e a aplicação da lei penal.
A Tragédia que Chocou o Acre
A morte de Juliana Chaar Marçal, servidora do Tribunal de justiça do Acre, chocou não apenas a comunidade jurídica, mas toda a sociedade acreana. O atropelamento ocorreu durante uma tumultuada saída da casa noturna, onde uma discussão entre diversas pessoas precedeu o trágico acidente.
Juliana, que estava no local no momento do incidente, foi rapidamente socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. Diego, ao volante da caminhonete que a atingiu, alega que não a viu antes da colisão e que não teve a intenção de causar o acidente. A defesa de Diego diz que ele tentou retornar para prestar socorro, mas foi surpreendido pela aglomeração e decidiu fugir.
Esse episódio levanta muitos questionamentos sobre a segurança em ambientes noturnos e sobre a responsabilidade dos motoristas em situações de conflito. Com a investigação ainda em andamento, a população aguarda respostas e justiça para a assessora, que deixa um legado de dedicação ao serviço público.