Avaliação do Ministério
O Ministério de Portos e Aeroportos brasileiro anunciou, nesta sexta-feira (11), que está monitorando de perto os possíveis efeitos das novas tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Essas tarifas, que incluem uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros importados, foram comunicadas ao presidente Lula em uma carta divulgada nas redes sociais do republicano.
De acordo com a análise realizada pela pasta, as questões relacionadas ao impacto dessas tarifas nas operações dos portos brasileiros são consideradas “pontuais” e limitadas a terminais que recebem um volume significativo de carga destinada aos Estados Unidos. No entanto, a expectativa é de que, em linhas gerais, a eficiência da movimentação portuária não seja comprometida.
Na carta, Trump aponta que um dos motivos para a nova taxação é o tratamento que considera “muito injusto” recebido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, insinuando que Bolsonaro estaria sendo alvo de perseguição por parte do sistema judiciário brasileiro. Esse contexto adiciona uma camada política à questão das tarifas e suas consequências.
Além das preocupações referentes ao setor portuário, a pasta, presidida por Silvio Costa Filho, também está atenta a possíveis impactos no setor aéreo, especialmente em relação a aviões e peças para aeronaves. O ministério, por sua vez, está colaborando com a indústria para encontrar soluções que minimizem as consequências das tarifas americanas sobre a produção e o emprego no Brasil.
Silvio Costa Filho afirmou: “Estamos confiantes de que, por meio do diálogo entre os governos brasileiro e americano, poderemos encontrar um caminho para o entendimento e o desenvolvimento conjunto.” Essa abordagem enfatiza a busca por estratégias diplomáticas que possam mitigar os efeitos adversos das tarifas.
Desde 2023, o ministério tem ampliado sua atuação na busca por novos mercados para os produtos brasileiros. Em nota, a pasta destacou: “No MPor, estamos engajados em negociações com outros países para atrair investimentos em nossa infraestrutura portuária. Nossa meta é aumentar a capacidade dos portos e descentralizar a movimentação, promovendo o desenvolvimento socioeconômico em todo o Brasil.”