Prefeito de Rio Branco Defende Projetos de saneamento e Resposta a Críticas
Após as críticas do senador Alan Rick sobre a gestão do consórcio de resíduos sólidos que abrange os 22 municípios do Acre, o prefeito de Rio Branco e presidente da Associação dos Municípios do Acre (Amac), Tião Bocalom, fez uma defesa vigorosa de sua proposta. Ele declarou que, ao contrário do que foi afirmado em audiência no Senado, o projeto não está estagnado; na verdade, foi ampliado, com a colaboração de prefeitos da região.
Bocalom destacou que a nova iniciativa, que será coordenada pelo Governo do Estado, integrará as áreas de gestão de resíduos sólidos, abastecimento de água e esgotamento sanitário, resultando em um projeto mais robusto e seguro. “Batemos o martelo. O Governo do Estado liderará este processo com um planejamento mais abrangente, que não se limita apenas aos aterros sanitários, mas envolve também água e esgoto”, disse o prefeito.
Leia também: Senador Alan Rick e bancada federal exigem a suspensão das ações do ICMBio na Reserva Chico Mendes
Leia também: Prefeitura de Rio Branco Aprova Regimento Interno do Conselho Municipal de Saneamento Básico
As declarações do senador insinuaram que a Prefeitura de Rio Branco era um dos principais obstáculos para a assinatura do projeto de modelagem enviado pelo governo federal no final do ano passado. Bocalom foi categórico ao afirmar que não assinou o modelo anterior por considerar que sua complexidade apresentava riscos operacionais, jurídicos e financeiros para os municípios. “Assinar um contrato sem clareza sobre a execução e os impactos futuros seria irresponsável”, afirmou Bocalom, que ressaltou sua busca por soluções mais seguras e sustentáveis.
Nova Estrutura Promete Mais Segurança e Eficiência
A adesão do Estado, representada pelo secretário de Planejamento, coronel Ricardo Brandão, deve trazer benefícios significativos, como uma maior captação de recursos federais e melhorias na execução das obras. O documento que oficializa essa nova parceria já está em fase de assinatura. “Nosso intuito não é buscar protagonismo, mas sim resolver os problemas. O Estado está aqui para trabalhar junto aos prefeitos e levar serviços essenciais à população”, enfatizou Bocalom.
Leia também: Senador Alan Rick e bancada federal exigem a suspensão das ações do ICMBio na Reserva Chico Mendes
Leia também: Prefeitura de Rio Branco Aprova Regimento Interno do Conselho Municipal de Saneamento Básico
Segundo ele, a reformulação do projeto foi um consenso entre os prefeitos, que perceberam que o modelo anterior não garantiu equilíbrio financeiro e técnico. A ampliação do projeto está em conformidade com o novo Marco Legal do saneamento, preparando o Acre para soluções estruturais a longo prazo. “As disputas políticas não podem atrasar o progresso do nosso estado. Enquanto alguns preferem politizar, nós seguimos com o trabalho. Assim que esse novo modelo for implementado, o povo saberá quem teve coragem de fazer a coisa certa”, assegurou o prefeito.
Nota Oficial de Tião Bocalom
Em resposta às afirmações recentes do senador Alan Rick, é importante esclarecer pontos relevantes que não podem ser ignorados. Com quatro mandatos como prefeito, Bocalom afirma nunca ter tido contas reprovadas ou ter sido acusado de malversação de recursos públicos. Ele criticou um estudo apresentado pelo senador, que inicialmente estimava um custo de R$ 7 milhões para a gestão de lixo nos 22 municípios, mas, segundo Bocalom, esse valor saltou para R$ 14 milhões após a consolidação do consórcio. “Algo não está certo nessa conta, não é mesmo?”, questionou.
Bocalom também fez uma comparação entre os custos de estudos para a gestão de resíduos e o valor pago pelo Governo do Estado por um estudo completo sobre água e esgoto, que foi de pouco mais de R$ 4 milhões. “Essas áreas são muito mais complexas e a comparação é necessária e deve ser feita com responsabilidade”, disse o prefeito.
Ele reafirmou que não será um gestor que transferirá dívidas milionárias para os municípios sem garantias de viabilidade e destacou que compartilhar a responsabilidade com o Estado é essencial para assegurar um enfoque completo no saneamento. “Não aceitarei que interesses escusos imponham sobre o povo uma nova taxa de lixo exorbitante. O caminho deve ser técnico, responsável e justo”, finalizou Bocalom.